maio 31, 2005
A PRETA TINTA
A preta tinta da caneta achada por mim, escreve:
se para essa existência tivesse eu nascido mulher,
gostaria meu pai que me chamasse Magda Stélla
E no dia de hoje conheci a psiquiatra italiana Magda
e relatei a ela tal fato, a moça sorriu e ficou repitindo
“Magda Stélla”, Magda Stélla...
Nunca me imaginei em Roma,
me imagino cortando com ela ( a italiana)
maçãs e pães no Reino Unido
Algo diz que somos muito íntimos,
e essa intimidade vem de além mar,
de muito antes das coisas escritas
Dizem que os escorpiões penetram o impenetrável
e de lá retiram as noites, os dias...
e as fontes luminosas que rascunham nos lóbulos das sementes
o formato dos vindouros vegetais
Essa capacidade de enxergar as coisas por dentro,
herdei de meus mestres florais
O cinema de meus mestres se revira
continuamente no estômago de meus neurônios
O cinema dessa mulheres maiores borbulha espalhando vapores
de inteligência e delicadeza
EDU PLANCHEZ
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