maio 31, 2005

CARAVELAS



Caravelas aos montes saêm dos gomos da pokan
e pousam no tremores dos imãs

É verão para os prazeres dos primatas
Coleciono no lóbolo esquerdo uma erosão de palavras
devidamente cadastradas nos digitáis neurônios,
nas marginais estrelas do pau

Caravela desfian-se nas golfadas da minha porra
para em alto oceno
carimbar paisagens nos canais da vagina

Acho que copulo com os poemas dela
porque caminho com elefantes e lontras
mamando o leite do lótus nos seios montanhas de neve

Se o mel da "B" da poeta Margarete Castanheiro escorreu sem limites
sobre as madeiras das ruas e das camas,
o mel da "B" dessa outra mulher também escorre em cada letra
do poema

(Edu Planchêz)

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